quinta-feira, 12 de abril de 2007

Jovens x drogas

A adolescencia sempre foi uma fase perturbada, como já dizia Aristóteles (383 a.C. - 322 a.C.) "São cheios de esperança, por não haverem sofrido muitos desenganos e se comprazem na convivência valorizando, mais que as pessoas de outras idades, a amizade e o companheirismo, já que buscam mais o amigo do que o interesse. Tudo fazem com excesso: amam-se, se odeiam, se enfim, agem, o fazem com veemência". Só que hoje, não são as más compainhas, as bebidas, os horários de volta para casa que preocupa, mas sim as drogas o que pode transformar uma simples fase do desenvolvimento do ser humano em algo duradouro para alguns.

Pois é... Assunto que já foi dito, pesquisado, analisado, críticado, mas que continua a solta. E o que a gente tem visto diante de tantas matérias, notícias é o aumento de adolescentes que entram nesse bueiro que é o mundo das drogas e que são um dos maiores personagens que fazem crescer esse "mercado".


E lembrei de uma edição especial, criada pela Revista VEJA sobre jovens, de julho de 2003. Uma matéria sobre drogas e jovens titulada: "Por que é difícil dizer não às drogas" que além das informações sobre o assunto, tinha um box sobre o efeito de algumas drogas e o que achei mais interessante, um teste para que os pais fizessem para saber se conhecia o filho e se sabia informações sobre o mesmo.
Vou colocar alguns trechos da matéria que achei muito interessante:

"As campanhas contra o uso de drogas e a exibição na televisão do efeito devastador que elas têm sobre a vida dos viciados deveriam ser suficientes para riscar esse mal da superfície do planeta. Não é o que acontece. Num desafio ao bom senso, um número enorme de adolescentes continua dizendo sim às drogas. Pesquisa recente mostrou que um em cada quatro estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública brasileira já experimentou algum tipo de droga, além do cigarro e das bebidas alcoólicas. A idade do primeiro contato com esse tipo de substância caiu dos 14 para os 11 anos em uma década. Tais dados sinalizam um futuro bem ruim. Quanto mais cedo se experimenta uma droga, maiores são os riscos de se tornar viciado. As pesquisas também revelam que a maioria dos jovens sabe que as drogas podem se transformar num problema sério. Mas isso não basta para mantê-los longe de um baseado ou de um papelote de cocaína.

O melhor jeito de dizer não às drogas é entender que ninguém precisa ser igual ao amigo ou repetir padrões de comportamento para ser aceito no grupo. É por isso que a prevenção em casa funciona melhor que os anúncios do governo. "Dá para fazer uma boa campanha doméstica sem falar necessariamente em droga", diz o psiquiatra Sérgio Dario Seibel, de São Paulo. Em outras palavras: é natural o adolescente repelir reprimendas e conversas formais sobre esse assunto. Imediatamente fecha a cara e os ouvidos a quem lhe diz em tom grave: "Precisamos conversar sobre drogas", seja o pai, a mãe, seja o governo ou qualquer instituição. A situação ainda é pior quando o pai bebe todo dia sob o pretexto de relaxar ou quando está nervoso e deprimido. Ele pode passar para o filho a idéia de que a bebida é um poderoso aliado para enfrentar obstáculos. A mãe que toma comprimidos para dormir também está dando ao filho a falsa idéia de que as substâncias químicas garantem a felicidade. Daí a ele achar natural usar drogas é apenas um passo".

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