terça-feira, 10 de abril de 2007

Hoje vamos falar de SAÚDE!

E por falar nesse assunto, o ano de 2006 foi marcado pela presença de uma doença que se espalhou tão rapidamente e matou algumas pessoas, estou falando da ANOREXIA. Ela já existia, é claro, mas o boom mesmo aconteceu ano passado.

Jornais, revistas, programas de tv e até novelas retrataram a realidade desta doença. Segundo Dráuzio Varella, a Anorexia nervosa é um distúrbio alimentar resultado da preocupação exagerada com o peso corporal, que pode provocar problemas psiquiátricos graves. A pessoa se olha no espelho e, embora extremamente magra, se vê obesa.
Com medo de engordar, exagera na atividade física, jejua, jejua, vomita, toma laxantes e diuréticos. É um transtorno que se manifesta principalmente em mulheres jovens, embora sua incidência esteja aumentando também em homens. Às vezes, os pacientes anoréxicos chegam rapidamente à caquexia, um grau extremo da desnutrição e o índice de mortalidade chega a atingir 15% a 20% dos casos.

Sintomas

·Perda exagerada de peso em curto espaço de tempo sem nenhuma justificativa. Nos casos mais graves, o índice de massa corpórea chega a ser inferior a 17;

·Recusa em participar das refeições familiares. Os anoréxicos alegam que já comeram e que não estão mais com fome;

·Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos. Esses pacientes chegam a ingerir apenas 200kcal por dia;

·Interrupção do ciclo menstrual (amenorréia) e regressão das características femininas;

·Atividade física intensa e exagerada;

·Depressão, síndrome do pânico, comportamentos obsessivo-compulsivos;

·Visão distorcida do próprio corpo. Apesar de extremamente magras, essas pessoas julgam-se com excesso de peso;

·Pele extremamente seca e coberta por lanugo (pêlos parecidos com a barba de milho).
Causas

Diversos fatores favorecem o aparecimento da doença: predisposição genética, o conceito atual de moda que determina a magreza absoluta como símbolo de beleza e elegância, a pressão da família e do grupo social e a existência de alterações neuroquímicas cerebrais, especialmente nas concentrações de serotonina e noradrenalina.

Recomendações

·Algumas profissões são consideradas de risco para a anorexia. Bailarinas, jóqueis, atletas olímpicos, precisam estar atentos para a pressão que sofrem para reduzir o peso corporal;

·A faixa etária está baixando nos casos de anorexia. A família precisa observar especialmente as meninas que disfarçam o emagrecimento usando roupas largas e soltas no corpo e se recusam a participar das refeições em casa;

·Às vezes, os familiares só se dão conta do que está acontecendo quando, por acaso, surpreendem a paciente com pouca roupa e vêem seu corpo esquelético, transformado em pele e osso. Nesse caso, é urgente procurar atendimento médico especializado;

·O ideal de beleza que a sociedade e os meios de comunicação impõem está associado à magreza absoluta. É preciso olhar para esses apelos com espírito critico e bom senso e não se deixar levar pela mensagem enganosa que possam expressar;

·Se o paciente anoréxico estiver correndo risco por causa da caquexia e dos distúrbios psiquiátricos deve ser internado num hospital para tratamento médico.

Tratamento

A reintrodução dos alimentos deve ser gradativa. Caso contrário provocaria grande sobrecarga cardíaca. Às vezes, é necessária a internação hospitalar para que essa oferta gradual de calorias seja controlada por nutricionistas. Não há medicação específica para a anorexia nervosa. Medicamentos antidepressivos podem ajudar a atenuar sintomas depressivos, compulsivos e de ansiedade. Em geral, o tratamento de pacientes anoréxicos exige o trabalho de equipe multidisciplinar.

É importante cuidar da saúde para não cair em armadilhas como essas!

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